quinta-feira, 13 de maio de 2010

Relato de uma noite ruim

olá pessoal, faz tempo que não posto nada aqui né?Pois bem, hoje o post será engraçado pq, afinal de contas estou de bom humor (apesar das tensas últimas semanas).
Geralmente a gente coloca no blog algo que vimos e/ou ouvimos e gostamos. Uma boa música, um bom filme, um bom show ao lado dos amigos. Raramente postamos sobre aquela porcaria de sábado ou sexta a noite que só fez a gente gastar dinheiro a toa e ganhar uma ruga a mais na testa....então vamos lá...
Ainda não!Antes, devo dizer que isso aqui é só um texto e que ele não foi inspirado num dia específico, portanto, nem tentem adivinhar qual foi a "balada" da famosa pergunta: "meu, o que eu to fazendo aqui?"....que será impossível.
Tudo começa com um convite antecipado e com aquela ansiedade de em breve ouvir um bom som ao lado das gurias. Porque imagino que vocês saibam como é difícil viver em uma cidade conhecida por suas "micanejas" universitárias.
Na semana que antecede o "espetáculo" a gente pega os Cds antigos, bota no carro, ou no MP20 e escuta o dia todo a banda que receberá (ou não) o tributo.
Outro dilema é a roupa, quer dizer, nem tão grande dilema assim já que existe o famoso Esquadrão da Moda e uma loja de 18 reais na cidade (isso mesmo, qualquer peça por 18 reais). Então a gente assiste ao programa, já repara logo na roupa da apresentadora (o que é permitido no meu caso, já que eu também tenho quase dois metros de altura. Embora o peso eu jamais alcance...rs) faz um tour pelas lojas barateiras da cidade e bingo!!! Temos uma cópia bem razoável da Colcci.
Chegado o grande dia começa a via sacra, passa na casa de um, passa na casa de outra e o carro fica cheio, pronto pra partir (quanto mais cheio melhor, pois além de mais divertido, gasta-se menos com alcool combustível, guardando-se mais para o outro tipo de alcool). Mas, eis que uma cidadã esquece sua carteirinha de estudante no meio do caminho e, todo mundo num grande coro de "aaaaaaahhhhhhhh" decide voltar pra pegar...(mentira, não houve tanta delicadeza assim no coro:"puta que pariu, a cabeça você trouxe né?). E também, não existe a mínima possibilidade de pagar o dobro e deixar a carteirinha. Lembra da loja de 18 reais??? Então, tem que ser barato já que a vida universitária, além das micanejas, é caracterizada pela falta de dinheiro.
Deveriamos ter em mente que, quando alguém esquece alguma coisa em casa ou quando acontece algo de ruim logo no começo da noite, a melhor coisa é voltar cada uma pra sua "house" e ver a Hebbe, ou, dependendo do dia, o Globo Repórter. Mas não, a gente insiste....
Atravessamos a cidade toda, ou melhor, mudamos de cidade em busca do bom som. Chegamos no local a tempo, já que ninguém esqueceu mais de nada....ops, na verdade esquecemos sim!!!Esquecemos que no dia seguinte seria um feriado ou o dia das mães, logo, temos uma explicação para a TOTAL falta de gente no recinto, uma vez que parte das pessoas que buscam o bom som bem no lugar onde estávamos, são da facul e não são orfãs de mãe (ainda bem)...dessa forma, elas voltam pra sua cidade natal...
Chegando lá também nos deparamos com a dura realidade de que não é todo mundo que assiste ao Esquadrão e talvez por isso nos olharam "de cima embaixo" só porque não estávamos de chinelo hawaianas nem tínhamos Dread's no cabelo....mas, tudo bem, chamar a atenção não é de todo ruim. A não ser que seja do cara mais nerd da "festa", aquele que faz física e que tem soluços ao falar (adoro nerds e os defendo, mas nerdisse tem limite), ou então, do "organizador" do evento que veio se desculpar pelo fiasco....(só não entendi muito bem pq as desculpas vieram pra nossa turma, nem conhecíamos o rapaz.... de repente foi pela nossa cara feia.....será?)
E o som começa.....bom, ao menos o som vai ser bom....e um som bom supera qualquer stress com qualquer pessoa que possa vir a esquecer qualquer coisa....doce ilusão, o som era péssimo, o vocal miava feito um pato gripado....uai, mas pato não mia....pois é, esse miava....disseram que a banda boa só veio tocar as 4 da madruga....impossível esperar....ainda mais quando o dinheiro pro segundo tipo de alcool não tava sobrando tanto assim....
Resultado: a ruga na testa e o nascimento de um amorzinho por essa tão querida cidade das micanejas universitárias.....
Rendeu um post no blog.....um salve às noite zuadas.....
bjos
Lara

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mal Estar na civilização

Olá pessoas, faz tempo que não escrevo e, na verdade, não falarei hoje.
Estava lendo o texto Mal Estar na Civilização de Freud para minha pesquisa (que agora espero que caminhe) e me deparei com questões interessantes que gostaria de deixar aqui. Na verdade não terminei de ler o texto, estou fazendo-o neste exato momento. Dessa forma, não o discutirei, e também não teria bagagem para tal, somente deixarei um trecho que penso merecer uma "blogada" (esse termo existe no mundo virtual?rs)

"O que chamamos de felicidade, no sentido mais restrito provém da satisfação(de preferência repentina) de necessidades represadas em alto grau, sendo, por sua natureza, possível apenas como uma manifestação episódica. Quando qualquer situação desejada pelo princípio do prazer se prolonga, ela produz tão somente um sentimento de contentamento muito tênue. Somos feitos de modo a só poder derivar prazer intenso de um contraste e, muito pouco de um determinado estado de coisas.
Assim, nossas possibilidades de felicidade são restringidas à nossa própria constituição . Já a infelicidade é muito menos difícil de se experimentar. O sofrimento nos ameaça a partir de três direções: de nosso próprio corpo destinado a decadência e a di ssolução, e que nem mesmo pode dispensar o sofrimento e a ansiedade como sinais de advertência; do mudno externo que pode voltar-se conta nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas; e, finalmente, de nosso relacionamento com outros indivíduos. O sofrimento que provém dessa ultima fonte, talvez nos seja mais penoso do que qualquer outro. Tendemos a encará-lo como uma espécie de acrescimo gratuito, embora ele não possa ser menos fatidicamente inevitável do que o sofrimento oriundo de outras fontes."

abraços
Lara